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Singapura é um país como poucos. Um dos lugares mais ricos do planeta, com a terceira maior renda per capita do mundo, não é de se estranhar o alto investimento em tecnologia, educação e infraestrutura urbana. São 63 ilhas habitadas por 5,4 milhões de pessoas que formam diversos grupos étnicos, entre os quais chineses, malaios e indianos representam a maioria. E não é à toa que esta maioria desenvolveu seus diversos bairros étnicos que hoje se tornaram atração turística em Singapura.
Os bairros de Chinatown, Arab Quarter e Little India são um bom exemplo para começar a visita étnica em Singapura. É como se você estivesse visitando um novo país, só que dentro da mesma cidade. Em cada bairro, novas cores, novos traços, novos aromas e novas formas de se comunicar surgem à medida que você atravessa uma rua. É uma salada cultural que irá mexer com a sua cabeça depois desta viagem.
Mas antes de começar esta visita nos bairros étnicos de Singapura, é bom estar atento a algumas dicas! A primeira delas vale para todas as suas visitas em Singapura: trata-se de um país com uma umidade altíssima e com uma sensação térmica mais alta ainda. Evite caminhar na rua nas horas mais quentes do dia, entre 11h e 15h. Eu saí para o meu passeio às 11h30 e quase morri de tanto suar!
O primeiro bairro étnico que eu conheci em Singapura foi o Little India, que, como o próprio nome já diz, trata-se de uma mini Índia no país. Neste bairro, eu comprei sedas e chiffon para levar de presente para minha mãe, que costura e adorou o material que eu achei por lá. Nota: eu não entendo nada de tecido e entrei numa loja aleatória – mas ainda assim, achei os preços bem justos.
No Little India eu conheci alguns pontos turísticos interessantes como o templo Hindu Sri Veeramakaliamman Temple, a mesquita Abdul Gafoor, passei algumas horas no Tekka Centre. Também andei aleatóriamente pelas ruas do bairro para fazer algumas fotos legais. Trata-se de um bairro seguro, mas como uma mulher visitando o bairro sozinha, eu evitaria Little India depois do anoitecer. De qualquer forma, é um bairro muito colorido e a visita é mais recomendável pela parte da manhã, até às 12h30. Os templos fecham de 12h30 às 16h e portanto, evite este horário.
Para esta visita, eu vestia uma saia longa e levei uma echarpe na bolsa para cobrir os braços. Principalmente nos templos, é importante tirar os sapatos antes de entrar e cobrir-se, em respeito às práticas religiosas de cada lugar.
Depois do passeio, eu tomei um ônibus e voltei para hotel antes de seguir para o Arab Quarter, no final de tarde. Fazia muito calor gente, sério. E olha que eu adoro calor. Mas sério. BEBA ÁGUA NESSA CIDADE!
Para o Arab Quarter, eu não tinha a intenção de entrar na mesquita, somente olhar o bairro e conhecer as ruas mais charmosas. Neste bairro há várias lojas de origem Malaia, entre elas inúmeras lojas de tapetes, lâmpadas, tecidos. Eu bem que queria comprar um tapete lá, mas acho que teria problemas para despachar na bagagem! 😛
Entre as atrações do bairro, a Sultan Mosque é a mais famosa. Trata-se de um edifício construído em 1824 para o Sultão Hussein Shah, primeiro Sultão de Singapura. O edifício foi reformado em 1932 e hoje é um dos lugares mais bonitos da cidade.
O que definitivamente me chamou a atenção é que no final da tarde havia várias opções de comida de rua no Arab Quarter em Singapura, porque era época de Ramadã, período em que os muçulmanos devem jejuar do amanhecer ao pôr do sol. Ou seja, era sem dúvida um bom lugar para buscar comida após o pôr do sol!
Eu não me preocupei com a vestimenta neste bairro, já que minha intenção não era a de entrar na mesquita. Para esta visita, eu fui com o meu marido e honestamente, não senti nenhum problema com a escolha do meu vestido. As pessoas respeitam o turista e entendem que ‘cobrir-se ou não’ depende mais da opção religiosa de cada um. Vi muitas turistas com roupas parecidas com as minhas e muitas mulheres cobertas também, todo mundo na sua.
A visita para Chinatown ficou para o dia seguinte bem cedo, já que não tive tempo de visitar o bairro no mesmo dia.
Neste dia, eu decidi fazer Chinatown de manhã cedo para depois seguir o passeio até Sentosa, a ilha da diversão de Singapura. Mas errei! Deixe para fazer Chinatown no fim do dia, já que assim você garante que os mercados estarão abertos! 😀
Mesmo com as banquinhas de comida fechadas, o passeio foi interessante porque visitamos o Buddha Tooth Relic Temple, templo budista belíssimo com magníficas estátuas. Estivemos no local durante uma celebração religiosa e portanto, fotos não eram muito bem vindas, mas consegui capturar algumas imagens interessantes deste local.
Eu estava com camiseta e short e para entrar no templo é necessário cobrir-se com os tecidos que são entregues na entrada, gratuitamente. Há várias cangas e saias que você amarra por cima do short e se cobre sem nenhum problema.
De todos os bairros, este foi o que passamos menos tempo, porém, vale a pena dedicar pelo menos meio dia a ele, para aproveitar bem o passeio.
Bom, para montar meu roteiro pelos bairros étnicos de Singapura, o Guia de Singapura me ajudou muito. Acho que em um dia, vale a pena passar em Little India pela manhã, cedo, após o café da manhã! Lá você conhece os lugares principais e entra nos templos até 12h30. Quando as atrações do bairro começarem a fechar, eu iria para o Arab Quarter para almoçar. Os restaurantes do bairro me pareceram deliciosos e a comida muito apetitosa. Após o almoço, em duas horas dá pra conhecer o Arab Quarter e a seguir, dedique a parte final tarde para ir em Chinatown. Fique até o anoitecer e jante por lá, antes de voltar ao seu hotel! Será um dia de muito aprendizado e fotos maravilhosas, garanto!
Leve muita água, vista sapatos confortáveis e tenha uma canga ou echarpe para cobrir-se, caso decida entrar nos templos.