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Recentemente voltei à Londres. Tinha praticamente o mesmo tempo da primeira vez que fui – uma semana. Mas parece que conheci muito mais coisas agora do que antes. Acho que isso aconteceu porque eu já estava ‘livre’ dos pontos turísticos tradicionais e lotados de gente. E também porque já estava mais familiarizada com a cidade e, principalmente, por descobrir que de onde eu estava, South Kensigton, bastava atravessar o Hyde Park para chegar a bairros super legais e com muitas coisas para ver.
Assim, todos os dias eu atravessava o Hyde Park, que se desvendou uma caixinha de surpresa. Eu já tinha passeado bastante por lá na primeira vez que fui à cidade, mas este parque é gigantesco. Tem milhares de coisas espalhadas ao longo dele. E cada vez que eu andava por ali, sempre fazendo caminhos diferentes, descobria um tantão de coisas novas. O negócio é andar sem pressa, ir caminhando e apreciando as paisagens, flores, estátuas… (Só não se esqueça de tempos em tempos conferir o mapa – isso é importante para não sair do lado errado do parque.
Camden Town
No primeiro dia de manhã fui à Camden Town. Este é o bairro dos indivíduos mais exóticos de Londres. Lá se encontra lojas com roupas góticas, medievais, de piercings e tatuagens, entre outras centenas de lojinhas e feirinhas. É um lugar muito legal. Ainda mais para pessoas como eu, que não está acostumada a ver punks por aí. O ruim é que não dá para ficar tirando fotos, pois eles podem se encanar com você. É um local em que tem que relaxar e guardar na memória os personagens… Só que desta vez era um sábado e não tinha muitas dessas figuras circulando por lá. Não sei se dei azar ou se de sábado eles fogem, pois a rua fica lotada de turistas. Sugiro que você vá durante a semana, como eu fui da primeira vez. Aí sim, você verá as maiores figuras.
Aproveitei para almoçar em um restaurante brasileiro que existe por ali. Ele é bem legal, os donos são brasileiros e todos os garçons falam português. O melhor é que este restaurante nos permite matar a saudade de um bom PF e de um guaraná geladinho. Depois fui conhecer a Portobello Road Market, que fica em Notting Hill. Esta é uma das feirinhas de rua mais famosas do mundo. E fica lotada, seja de londrinos seja de turistas. A rua Portobello é muito linda, cheia de prédinhos e casas coloridas. Eu a achei tão bonitinha que depois voltei só para tirar foto da rua e suas cores, sem toda aquela muvuca da feira. Passei praticamente o dia nesta região de Notting Hill e como a noite ia me encontrar com amigos que moram na cidade aproveitei para comprar umas comidinhas na parte gastronômica da feira. Não me arrependi!
A esquina dos faladores?!
No dia seguinte resolvi conhecer a “Speakers`Corner”. É um lugar que fica dentro do Hyde Park – como antes, fui a pé, passeando pelo parque e descobrindo coisas novas. Speakers Corner é lugar de assembleias para aqueles que lutam pelos seus direitos, desde meados do século 19. É um lugar muito maluco e as pessoas até hoje participam. É maluco porque na verdade não é um lugar. É um ponto em uma das ruas do parque que, aos domingos de manhã, alguém leva o seu banquinho, sobe,e começa a defender o seu ponto de vista. E as pessoas que estão por ali, param para ouvir e para argumentar. Tive a impressão que alguns vão sempre, só para questionar o que a pessoa que está no banquinho está falando. Tipo ‘argumentadores do contra’. Quando eu fui tinha um senhor muçulmano, de meia, em cima de uma cadeira de ferro tipo aquelas de bar, que dobram para fechar. Ele estava lá tentando promover e defender o islamismo e o alcorão.
Algumas das pessoas que o ouviam eram de acordo e o defendiam e tantas outras eram contra e argumentavam arduamente. O engraçado de tudo é que se faz uma coisa séria, mas que não tem fundamento nenhum a não ser praticar a sua articulação e poder de convencimento. Pena que começou a chover e as pessoas que não tinham guarda-chuvas ou capas de chuva começaram a ir embora. Eu fiquei mais um pouco, mas logo fui também. Aquilo parecia algo sem fim e eu queria conhecer mais coisas da cidade.
Ah! Nesta hora é que eu vi uma coisa muito legal. Que londrino é acostumado com chuva todo mundo sabe, mas quando começou essa garoa deu para identificar, instantaneamente, quem era londrino de quem era turista. Isso porque os londrinos rapidamente começaram a tirar capas de chuva e guarda-chuvas de dentro de suas bolsas, bolsos, mochilas. E imediatamente se viu parte das pessoas protegidas da chuva e parte totalmente desprevenidas… hehehe.
Saindo de lá voltei pra trás por outra parte do Hyde Park e no caminho, devido às garoas, resolvi ir ao Museu Victoria and Albert, mas antes parei em uma exposição de fotografias que encontrei durante o meu percurso. Foi bem legal! Eram fotos premiadas de fotógrafos que foram a lugares extremos ou a países com culturas excêntricas. Muito interessante e tinha fotos belíssimas! Bom, passei a tarde inteira neste museu e não passei do primeiro andar! O museu é gigante e tem de tudo. Acho que tem um pouco de tudo que os ingleses roubaram dos outros países – tô brincando, rss. A entrada é franca. Aliás, em vários museus de Londres a entrada é grátis.
E como era final da Copa do Mundo, mesmo não tendo rolado para o Brasil, fomos (eu e meu amore) a um pub para ver o jogo. Sem dúvidas foi o lugar mais divertido em que assistimos a uma partida aqui na Europa. No local tinha tanto alemães quanto argentinos. Quando o jogo começou o lugar ficou lotadíssimo e super animado. As pessoas vibravam por tudo. Principalmente pelas faltas… quando algo acontecia nesse sentido todo mundo fazia um grunhido do tipo: “uhhh”. Foi muito divertido. A única coisa chata, mas engraçada, foi quando o pessoal com quem estávamos dividindo a mesa nos perguntou de onde éramos e nós respondemos que do Brasil – tooodos eles e mais os que estavam em volta nos olharam, fizeram uma cara e um som do tipo “uhhh, coitados!”. Kkkk Parece que os 7 a 1 foi marcante para todos!
Museu de cera
Na segunda-feira fui ao Madame Tussauds. Aquele famoso museu de personagens feitos em cera. Desta vez me preveni e comprei o ingresso antes, pela internet. Que é bom porque além de se evitar as longas filas tem desconto. O museu é fantástico. Incrível como as estátuas parecem mesmo pessoas – elas são perfeitas! Logo que se entra, parece que você está em uma festa de gala com vários artistas do cinema espalhados ao longo do espaço. E eles são tão reais que se você não prestar bem atenção não os distinguirá perante as pessoas. Tem que girar várias vezes pelo espaço para ver a todos. Hehehe é muito divertido. A única coisa ruim foi que eu fui sozinha. E definitivamente este museu não é para ir sozinha, pois parte da diversão é tirar fotos engraçadas com os personagens. Só que não dá para fazer caras e tipos quando se pede para uma pessoa desconhecida tirar uma foto sua. Por isso te dou esta super dica: vá ao Madame Tussauds com companhia e divirtam-se tirando muitas fotos! Entretanto… tenha bom senso, outras pessoas também querem tirar fotos, então não enrole junto às estátuas fazendo muitas poses ou cliques tentando ter a foto perfeita.
Saindo de lá, resolvi passear pelo Regent´s Park porque era pertíssimo de onde eu estava. Depois segui voltando a pé para o meu hotel, passei por bairros e lugares bem legais. À noite fui encontrar meu primo que mora em Londres e conheci mais um lugar lindinho – St. Katharine’s Dock. Este cantinho fica do lado da Tower Bridge e tem tipo uma marina com vários barcos ancorados. Vale conhecer! Dali também dá pra ver a Tower Bridge toda iluminada e se abrindo. Muito legal e bonito!
Por fim, no meu último dia, me deixei render e passei o dia caminhando ao longo do Rio Thames. Peguei um metro até Tower Hill, passei pela Tower Bridge, pela Torre de Londres e de lá fui passeando. Um pouco pelas ruas internas, um pouco pela margem… até que atravessei o rio e o segui definitivamente pela sua margem, passando pela London Eye, seguindo então pelo Big Ben, pelo Palácio de Westminster (House of Parlament) e pela Westminster Abbey.
Para terminar a viagem, no final da tarde atravessei novamente o Hyde Park em direção a Notting Hill, passei na livraria do meu amigo William Thacker (Hugh Grant). Isso, aquele que se apaixonou pela Anna Scott (Julia Roberts) no filme Notting Hill e segui para Portobello Road – onde eu e o meu amore jantamos em um restaurante delicioso que serve jantares a luz de velas – muito romântico! #fechamoscomchavedeouro!