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Primeira vez em Marrakesh? Chegou ao lugar certo! Aqui vai o seu guia completo e atualizado sobre a cidade vermelha, a imperial Marrakesh!
Este destino imperdível faz parte de uma viagem que fizemos por algumas das principais cidades do Marrocos, e adianto que Marrakesh foi a nossa cidade preferida! Já queremos voltar e conhecer mais deste país rico de cultura e atrações estonteantes que é o Marrocos!
Marrakesh é uma cidade cheia de história, cultura, cores e obras-primas seculares de arquitetura. É uma mistura de África, Europa e Oriente Médio.
Imagem: jon_chica | Adobe Stock
Onde fica Marrakech no mapa?
A cosmopolita e misteriosa Marrakesh está localizada entre o deserto, montanhas e oceano, no centro-sudoeste do Reino do Marrocos. Perto de vários destinos, é ponto de parada obrigatória para a cordilheira do Atlas e o deserto do Saara.
É conhecida por “Cidade Vermelha” por causa das suas construções em terracota. Também é chamada de “Pérola do Sul”, por sempre ter sido um importante ponto comercial entre o sul do Mediterrâneo e o sul do continente africano.
A história de Marrakesh
Marrakesh é uma das quatro cidades imperiais do país, que foram capitais das antigas dinastias. (As outras são Fez, Meknès e Rabat, a atual capital). A sua história pode ser dividida entre cinco períodos de dinastias, as Almoravid, Almóada, Merinide, Saadiana e Alaouita.
Como cidade, Marrakesh foi fundada em 1062 pelo emir Youssef Ibn Tachfin, apesar de ter sido antes ocupada por agricultores berberes. Com o rápido crescimento, logo se tornou a capital do Reino. Ben Youssef, filho de Tachfin, expandiu a cidade, construiu mesquitas, palácios, um sistema de irrigação subterrâneo e a extensa muralha da Medina. Esse período marcou a primeira dinastia de Marrakesh.
Imagem: Svetlana Day | Adobe Stock
A segunda dinastia começou no século XII, quando a cidade foi tomada e saqueada por tribos berberes. Novas construções datam desta época, como a mesquita de Koutoubia.
Em seguida, houve guerras entre califas e os nômades Merinides tomaram a cidade, levando-a a um forte declínio. No final do século XIII perdeu seu status de capital para Fez.
No início do século XVI, Marrakesh revive a prosperidade, quando o sultão Saadiano Ahmed El-Mansour reconstrói monumentos.
Desmoronada a herança saadiana, entra a dinastia Alaouita que restaura diversas construções. No século XX, revoltas políticas levaram Marrakesh a ser governada pelo Pasha Thami el Glaoui, até o fim do protetorado, período de ocupação francesa.
Em 1956, Marrocos conquista a independência e Mohammed V (da dinastia Alaouita) retorna do exílio, tornando-se Rei. Seu filho, Hassan II, seguiu o reinado até 1999 e o neto Maomé VI é o atual rei do Marrocos.
Minha rota em Marrakesh
Partimos para Marrakesh no final de janeiro. Saímos do Aeroporto de Barajas em Madrid no começo da noite, tivemos um pouco de atraso no vôo e por volta de 23h chegamos no destino.
Imagem: KarSol | Istock Photo
A imigração foi bem tranquila, mas não tivemos a comodidade do transfer na chegada. Apostamos que poderíamos negociar um táxi na hora, mas pagamos mais caro que o previsto. (Pagamos 20 euros para 2 pessoas, sendo que os transfers cobram por volta de 15)
O táxi nos deixou na entrada da Praça Jemma-El-Fna e logo sentimos a agitação que seria essa cidade. Ficamos 5 noites na cidade, mas na verdade usamos 3 dias para conhecer seus encantos. No quarto dia fomos a Essaouria e depois partimos em direção a Rabat, a capital marroquina.
Fizemos um roteiro completo por dentro da Antiga Medina (o centro histórico) durante dois dias.
Tivemos uma tarde menos agitada e resolvemos passear por outros locais da Medina, como o parque Lalla Hasna e o Palácio Badii. Chegamos tarde e infelizmente o Badii já estava fechado, mas aproveitamos um pouco o bairro. Terminamos o dia num terraço da Praça Jemma-El-Fna e do alto vimos o fervor da noite de Marrakech.
Na manhã do primeiro dia, conhecemos os mais famosos pontos turísticos do centro histórico com o tour privado em português da civitatis. Durante aproximadamente 4 horas, a guia Aziza nos ensinou sobre a cultura, história e religião local, e fomos a famosos pontos turísticos. A rota incluiu a Mesquita Koutoubia, o distrito Kasbah, os Túmulos da dinastia Saadiana, o Palácio Bahia, o bairro judeu, os souks e a Praça Jemma-El-Fna.
Nossa guia em Marrakesh!
No dia seguinte começamos o roteiro pelo Le Jardín Secret, um encanto de lugar. Sem dúvida alguma, um dos favoritos. Chegamos logo na abertura, então pudemos aproveitar bastante o lugar sem competir com outros turistas. Dali fomos para o Musée de la Femme, o primeiro museu marroquino dedicado exclusivamente à mulher. As exposições tratavam de um belo reconhecimento do trabalho feminino no campo e na arte.
Para o almoço, fomos ao La Sultana. Um luxuoso hotel no centro da Medina, que abre as portas de seus restaurantes para os turistas. Foi absolutamente fantástico degustar da comida marroquina em grande estilo! Ficamos com a tarde mais livre para perambular pelas ruas e becos da Medina, sem nenhuma pressa.
- Imagem: Divulgação
No terceiro dia conhecemos as atrações de fora da Antiga Medina.
Caminhamos até o Jardim Majorelle, nossa primeira atração da manhã. Chegamos e a fila já estava formada. Esperamos por volta de 25 minutos, mas a demora pode levar até 1h30 na alta estação. O jardim botânico, o Museu Berbere e a casa são muito bonitos. Dali fomos ao Museu Yves Saint Laurent e ficamos impressionados com a galeria. Por não ser ligada em moda, tive dúvidas se iria gostar do local, mas foi muito bom. Recomendo.
Dali fomos em direção ao Bairro Guéliz e tivemos uma tarde de Shoppings, lojas e restaurantes. Aproveitamos para comprar com antecedência as passagens de ônibus para Essaouira e de trem para Rabat, no Gare de Marrakech.
Na volta para a Medina, tomamos um sorvete em frente à Praça da Liberdade e mais tarde tivemos uma experiência incrível, que acreditamos ser imperdível: Conhecemos uma casa de banho marroquino, o chamado Hammam.
Escolhemos o Hammam de la Rose, perto de onde estávamos hospedados e foi maravilhoso. A dica que recebemos e passamos adiante é que não importa qual a Hammam você vá, importa sua localização. O ideal é sair absolutamente relaxado do banho e caminhar o mínimo até seu quarto.
Por volta de 23h buscamos um lugar para jantar. Vários bares da região ainda estavam abertos, mas suas cozinhas já encerradas. Então jantamos novamente na Praça Jemma-El-Fna.
No dia seguinte fizemos um bate-volta para Essaouira, uma cidade de praia encantadora. No último dia, antes de ir a Rabat, fizemos o passeio de Camelos pelo Palmeiral.
Este foi nosso roteiro por Marrakech e adoramos. Não conhecemos todos os pontos turísticos porque preferimos um ritmo mais sossegado. No entanto, em três dias é possível conhecer as outras atrações da cidade sem nenhum problema.
Onde ficar em Marrakech?
Marrakech é cheia de opções legais para dormir. Na nossa opinião, o distrito Mouassine dentro da Antiga Medina, é a melhor região para ficar. Fácil acesso a pé, de taxi e próximo de estacionamentos. Fica do lado das principais atrações e no meio dos melhores souks.
Nós escolhemos a Riad Zehar, que fica ao lado do Jardim Secreto (inclusive com vistas para o jardim desde o terraço) e foi muito boa. Tivemos uma experiência encantadora e recomendamos. Falaremos ainda com mais detalhes sobre esta Riad. Nós amamos o aconchego, o atendimento e o pátio surpresa por detrás de uma simples porta.
Agora se você quiser uma opção mais luxuosa em Marrakesh, um lugar que vai ficar para a memória sem dúvida é o Hotel La Sultana. Trata-se de um hotel 5 estrelas de excelente qualidade, com quartos temáticos e serviços exclusivíssimos. A gente almoçou neste hotel e amamos cada minuto da nossa experiência! Mas passar uma noite ali deve ser um sonho inesquecível!
Últimas dicas sobre Marrakesh
Tive muitas dúvidas sobre costumes e cuidados especiais que deveria ter em Marrakesh e aqui vão algumas dicas:
- Primeiro, baixe o google maps para usar offline e entenda a cidade antes de ir. Ter o mapa sem depender de rede foi nossa salvação.
- Faça um tour com guias certificados. Escolhemos a empresa Civitatis e adoramos! Depois do primeiro tour, logo no primeiro dia, ficamos bem ambientados e confiantes para explorar sozinhos um pouco mais de Marrakesh.
- Vista-se adequadamente, mas sem neuras. Alguns lugares são obrigatórios estar com joelhos e ombros cobertos. Um lenço grande pode ser uma boa saída.
- Diversos locais são de acesso restrito a muçulmanos.
- Tenha cuidado com golpes de taxistas. Busque por táxis com taxímetros e cuide para o preço não subir tão rápido. As tarifas normalmente custam 1/10 do que eles sugerem para a corrida.
- Se estiver perdido, peça ajuda a outros turistas ou a pessoas mais velhas. Existem muitos jovens que oferecem te levar ao destino, mas te fazem ficar mais perdidos ainda.
- Cuidado com as fotos. Os moradores locais não gostam de ser fotografados ou filmados. Sempre peça autorização e dê alguma gorjeta. Poucos dirrãs são suficientes.
Essas são nossas dicas! Se tiver alguma dúvida, coloque nos comentários e teremos o prazer em ajudar!
Boa viagem, divirta-se e Choukrane (obrigado)!