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Las Vegas é a cidade que está no imaginário coletivo como a cidade do pecado, onde tudo é permitido e não há limites para a fantasia. Vários filmes retratam uma Las Vegas em que o jogo, a diversão e tantas outras cositas más atraem loucos do mundo todo em busca da sorte grande e muita diversão. Quando eu fui para Vegas confesso que tinha esta imagem, parte devido à Hollywood, em parte devido a viagens de amigos, em parte por causa da fatídica frase “o que acontece em Vegas, fica em Vegas”!
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Fato é que há muito marketing e muita fantasia ao redor de Las Vegas. A Disneylândia dos maiores de 21 anos tem sim muita festa e muita gastança de dinheiro, mas não pense que é o paraíso das coisas proibidas. Las Vegas é muito mais controlada que várias outras cidades no mundo, e esta foi só a primeira impressão que tive sobre a “Sin City” americana. A lei pode ser bem rigorosa para quem inventa de “despirocar o cabeção” como no filme “Se beber não case”.
No meio do deserto, Las Vegas fazia parte do domínio espanhol, até que foi anexada pelos Estados Unidos. Momentos de decadência se alternaram com progresso, principalmente depois da construção da ferrovia, em 1905. Nos anos 30 o jogo foi legalizado na cidade, e logo milionários e mafiosos deste mundo se incorporaram na cidade, a fim de lucro fácil e rápido. Nos anos 80, Vegas se modernizou, o crime mafioso foi exterminado pelas autoridades federais e se tornou o que hoje se conhece por Las Vegas.
Sua localização geográfica no meio do nada faz com que a cidade tenha verões insuportáveis, sem exageros. Portanto, minha primeira dica para quem quer conhecer esta cidade é: evite os meses de julho e agosto. Eu estive lá em julho e posso dizer que é praticamente impossível conhecer a cidade nos seus refrescantes 46 graus na sombra. Nesta temperatura, tudo o que você quer fazer é estar o dia todo na piscina do hotel com uma bolsa de gelo na cabeça. Isso se o seu hotel tiver piscina – o que não era o meu caso. Minha solução era andar nos shoppings centers que tinham ar condicionado, e quando o sol baixava um pouquinho, lá pelas 8 da noite, conseguir caminhar entre uma e outra atração turística já fechada para visitação. Furada.
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Las Vegas é o paraíso para quem joga. Desde roletas, caça níqueis, baralho barato, passando por poker e outras coisas mais avançadas que eu nem me atrevo a entender como funciona. Os cassinos são hiper estruturados, e são os únicos lugares dos Estados Unidos em que se pode fumar dentro, causando aquela atmosfera de vício bastante crítica. Particularmente achei os ambientes muito estranhos, seja pelo jogo, seja pelo cigarro e álcool, seja pela extravagância das coisas. Dentro dos cassinos há dress code – ainda que os turistas não se importem muito com isso – e há lugares em que só se pode jogar com apostas mínimas (de valores nada, mas nada simbólicos). Lá eu vi gente ganhando 5, 10, 15 mil dólares assim, num instante. E vi gente perdendo quantias ainda maiores sem mostrar a mínima emoção! OMG Se eu perdesse 10 conto assim, num segundo, acho que teria um enfarto! :O
Tive a sensação de que dinheiro não vale nada ali em Las Vegas. Ao menos, o dinheiro dos outros.
O meu valia, e muito (#mãodevaca!).
Como eu não jogo, minha curiosidade era ver os jogos alheios e de vez em quando brincar em alguma coisa nível zero. A brincadeira até que deu certo e ganhei um trocado que foi suficiente para entrar na balada mais baratinha de Las Vegas. Entrar numa balada “cool” em Vegas requer engenharia avançada: muito brilho, muito salto, muita maquiagem e vestidos à la Rihanna ou similares. Não era pra mim. Mulheres sozinhas entram mais facilmente, se forem bonitas – sim, Las Vegas é um banho de água fria na sua auto-estima. Se estiverem mal vestidas, sem aquele toque “diva” ou simplesmente se estiverem acompanhadas de alguém que não pareça o Justin Timberlake, pode ir pra fila esperar o tempo que os seguranças acharem necessário. Pode variar entre míseros 50 minutos até 4 horas de fila – quando a balada já acabou né, bem? #nhé #prefiroumbotecopratomarcerveja #servevinhotambém
Ah, a polícia americana é muito eficiente, e em Las Vegas eles tendem a ser algo mais tranquilos, o que não garante a “festa” que alguns animadinhos buscam. Lá pode beber álcool na rua – o que nos EUA é proibido – , lá as festas funcionam até as 4 da manhã – nos EUA tudo fecha às 2:00. E lá tem cassino 24 horas. Pronto, essa é toda a libertinagem da cidade. Claro que há ainda clubes especiais em que os solteiros (e casados frustrados) vão para ver dançarinas, strip tease e algo mais. Nada muito diferente do que se vê nos centros de toda a cidade do mundo. Ou seja, achei que é só imaginário coletivo mesmo.
Fora isso, tem atrações como a fonte do Bellagio, que é realmente muito, mas muito legal! A cada 30 minutos há um show de águas que mudam de acordo com a música, e é uma apresentação de vários minutos, simplesmente brilhante. Os Cassinos com suas estruturas fantásticas, entre eles a réplica da torre Eiffel, da estátua da liberdade, da Esfinge!!! Há parques de diversões, montanha russa, elevadores panorâmicos, festa nas piscinas, casamentos-relâmpagos e o Cirque du Soleil em algumas apresentações fixas.
Mas na real, três dias em Las Vegas são suficientes para ver, aproveitar, se divertir, se cansar e ter vontade de voltar pra casa. Vegas é isso: intensa, para ir uma vez na vida e deu. Mesmo assim minha impressão é que Vegas é um destes lugares que vale conhecer e formar sua própria opinião.
Ou seja, boa viagem!
Me conta depois o que você achou de lá!
Imagem Destacada: Banco de Imagens iStock
Créditos: f11photo