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Precisa de dicas sobre o Grand Canyon? Então aqui vai o nosso guia prático para a sua viagem! O Grand Canyon é um desfiladeiro imenso que foi e continua sendo esculpido pelo rio Colorado e seus afluentes até hoje. É tão grande que a vista não alcança o seu fim! São 446 km de extensão, 29 km de largura e 1,8 km de profundidade.
Integrando a lista de Patrimônios Mundiais da Unesco, o Grand Canyon é uma das maiores atrações turísticas dos Estados Unidos. A sua paisagem desértica com rochas vermelhas de diferentes tonalidades nos deixam embasbacados com tanta beleza e história. Para os indígenas americanos, o Grand Canyon era um lugar sagrado. Para os visitantes, é no mínimo um lugar para se encantar com a natureza e apreciar o espetáculo. Quer mais dicas para conhecer o Grand Canyon? Vem com a gente!
Primeiro, é bom saber que o Grand Canyon está dividido em Grand Canyon South e Grand Canyon North. Tecnicamente também há o Grand Canyon West, porém este pedaço está fora dos limites do parque e fica dentro da reserva indígena Hualapai, sendo bem menos visitado. Grand Canyon West é mais recomendado para quem já conhece o parque do Grand Canyon e quer fazer passeios diferentes.
Grand Canyon South é a parte mais bonita e mais visitada do parque, com muito mais pontos de observação e paradas para ver a natureza. Esta parte do parque fica aberta o ano inteiro, e possui maior infraestrutura de apoio ao turista. Há vários restaurantes, lanchonetes, cafés, shuttles para diversos pontos, banheiros, áreas para piquenique, além de hotéis fantásticos! Nós decidimos visitar o Grand Canyon South na nossa viagem.
O Grand Canyon South é também a zona mais cheia de turistas na alta estação. O parque fica bem concorrido no verão!
Grand Canyon North é a parte mais remota do parque. Conta também com várias opções de atividades turísticas, porém fecha durante a baixa temporada, entre novembro e maio. Consulte o horário de abertura do Grand Canyon North no site oficial do Grand Cayon.
A melhor época para visitar o Grand Canyon é entre maio e setembro. Nós viajamos em Setembro e o clima era bem ameno. Durante o dia faz bastante calor, mas quando o sol se põe é hora de usar os casacos! Por ser muito alto, venta muito por lá. Então é importante o uso de óculos, chapéu ou gorro, protetor solar e muita disposição para caminhar!
Fica no centro-sudoeste dos Estados Unidos, no estado do Arizona. A cidade mais turística nas suas proximidades é Las Vegas, a pouco mais de 4 horas de distância de carro.
Se você está em Las Vegas e que fazer um bate-volta com um grupo, há inúmeros tours guiados que passam pelo basicão do parque.
Na minha viagem, nós fomos ao Grand Canyon South, onde vimos os passeios de bike, hiking, rafting e até passeios de helicóptero. Há grupos fazendo piquenique, camping, ou simplesmente apreciando a vista. É incrível!
Nosso roteiro foi o seguinte: Saímos de Las Vegas para conhecer a represa de Hoover Dam. De lá, decidimos aproveitar para curtir um pedacinho da rota 66 antes de chegar ao nosso ponto de partida para o Grand Canyon, a cidade de Williams.
A rota 66, é uma rodovia histórica que instigou e inspirou jovens no mundo inteiro. Ela atravessa os EUA de leste a oeste. Para a gente, conhecer um pedacinho desta rota já era o gostinho e a inspiração para uma próxima viagem.
Para pegar a rota 66, nós fomos de Las Vegas até a cidade Kingman pela rota 93. Uma vez em Kingman, pegamos a entrada para a rota 66 em direção a cidade Peach Springs. A entrada da rota é sinalizada na rodovia, porém, se você não colocar no GPS o nome da cidade de Peach Springs, é bem provável que você perca a saída. É que a rota 40 é mais nova e mais rápida, quase todos os carros que saem para o Grand Canyon vão por ela.
A estrada 66 tá meio abandonada, mas durante o trajeto você pode fazer paradinhas nos cafés da estrada para tirar fotos e comprar lembrancinhas nas lanchonetes típicas para entrar no clima da rota 66. Vale a pena!
Esta rota são poucos quilômetros a mais, com uma pista mais descuidada, mas o clima de velho oeste americano vale o sacrifício! 🙂
Depois de Peach Springs, a próxima cidade é Seligman e seguimos pela rota 40 até a cidade de Williams, onde passamos a noite.
No dia seguinte, saímos de Williams antes das 7 da manhã. Era o nosso grande dia para conhecer o Grand Canyon! Em apenas um dia, conseguimos conhecer os pontos principais, fizemos um piquenique e deu tempo de curtir a paisagem e apreciar o pôr do sol num dos lugares mais famosos do mundo!
Claro que a nossa vontade era ficar muito mais tempo por lá. O lugar é tão surreal e exuberante que as fotos não fazem jus à sua real beleza. Por mais fotos que tiremos, não tem descrição o que sentimos ao vermos ao vivo o Grand Canyon.
Nosso retorno para Williams foi à noite e uma das imagens mais lindas que tivemos foi ao pararmos na estrada no meio da escuridão total da noite para apreciar o céu mais estrelado e impressionante das nossas vidas!
Ida: Las Vegas – Roover Dam – Kingman (pela rota 93) – Peach Springs – Seligman (pela rota 66) – Williams pela rota 40 – Tusayan até o espetacular Grand Canyon South Rim pela rota 64.
Retorno : Williams – Kingman (rota 40) – Las Vegas (pela rota 93).
Fizemos este esquema de carro e foi uma viagem excelente! Nós alugamos o carro online e tudo saiu dentro do planejado.
Antes de começar a explorar o parque, pare uns instantes no centro de informações ao turista para recolher um mapa e conhecer melhor as suas opções de passeio. É importante saber que os panfletos, mapas e totens para informações ainda não estão em português, mas se você se vira em outras línguas, há opções em Inglês, Francês, Espanhol, Italiano e outros idiomas.
O valor da entrada no parque é de U$30 por carro ou U$15 por pessoa para quem vai de ônibus ou bike.
O passeio é ideal para quem curte natureza. Você pode fazer trilhas e hiking, canoísmo e rafting em todo o parque. Mas para isso, é melhor ficar mais dias no parque e escolher bem a sua rota de aventura por lá.
Também há a possibilidade de fazer passeios a cavalo, os já mencionados vôos de helicóptero, saltos de pára-quedas para os mais corajosos.
Mas se você tem somente 1 dia como nós, priorize fazer o passeio de contemplação da natureza usando os shuttles. Recomendamos começar pela linha vermelha chamada “Hermit Route”. Nela você pode conhecer os pontos principais como “Powel Point”, “Mohave Point”, “Pima Point” e “Hermits Rest”. Eles são demais!
Há quatro linhas de ônibus ao lado dos estacionamentos para transportar os turistas no Grand Canyon South de forma gratuita. Em algumas destas linhas é proibido usar o carro dentro dos limites do parque durante a temporada quente. Portanto, use os ônibus, alugue bikes ou faça o percurso a pé. Os ônibus param em todos os pontos e passam o tempo todo.
Estas linhas de ônibus estão divididas por cores (roxa, laranja, azul ou vermelha) e conectam diversos pontos do parque.
- A linha roxa (Tusayan Route) são os ônibus que trazem os turistas de Tusayan à entrada do parque. Esta linha é interessante para quem viaja na altíssima temporada. A ideia é que você possa estacionar em Tusayan e seguir até o parque de ônibus, sem ter que enfrentar as longas filas e a disputa por estacionamento no parque. Esta linha funciona somente entre março e setembro.
- A linha laranja (Kaibab Rim Route) faz os pontos de trás do centro de visitantes, passando pelas seguintes paradas: Mather Point, Yavapai Geology Museum, South Kaibab Trailhead, Yaki Point e Pipe Creek Vista. Esta linha funciona o ano inteiro.
- A linha azul (Village Shuttle Bus Route) passa por toda a Vila e faz conexão com a linha vermelha. Ela basicamente conecta o Grand Canyon Visitor center aos campings, hotéis e alojamentos da Vila, além de pequenos pontos como o centro de visitantes. Esta linha funciona o ano inteiro.
- A linha vermelha (Hermit Road) faz os pontos turísticos mais importantes do Grand Canyon South. Passa pelas seguintes paradas: Maricopa Point, Powell Point, Hopi Point, Mohavi Point, The Abyss, Monument Creek Vista e Pima Point. Esta linha funciona somente entre março e setembro.
- Atenção: entre outubro e março a visita de carros está aberta no Grand Canyon South e você poderá circular estas linhas com seu veículo privado.
Nós fizemos a linha azul até a troca para linha vermelha. Vimos todas as paradas desta linha. Almoçamos no Hermits Rest (onde fizemos um piquenique). Pela tarde conhecemos a vila (linha azul) e voltamos até o ponto de troca da linha laranja. Finalmente fizemos a linha laranja onde conhecemos o museu e o Mather Point, daí terminamos nossa rota saindo do parque de carro até a Desert View, para apreciar o pôr-do-sol.
Para quem quer ir além das linhas turísticas do shuttle, existe uma estrada que leva até Desert View e te permite avistar 6 pontos fenomenais. Fica a 35km de distância do South Grand Canyon e se você tiver o dia inteiro disponível, pode terminar o dia por lá e assistir ao pôr do sol deste ponto.
Desert View. Imagem: powerofforever | Istock Photo
A Desert View watchtower possui uma torre panorâmica e uma estrutura espetacular para o turista com amplo estacionamento, área para camping, lanchonetes, banheiros e área para piquenique, museu e informações na torre além é claro de uma vista de tirar o fôlego!!
Os outros pontos são mais para paradinhas rápidas e, apesar de terem vistas espetaculares, não tem muito estrutura de apoio ao turista.
Williams, é uma cidade histórica que fica a mais ou menos 80 km ao sul do Grand Canyon, mas com opções mais baratas de hospedagem. A cidade tem um supermercado maravilhoso com todas comidinhas prontas para um piquenique, além de bons restaurantes com carnes especiais , lanchonetes típicas, pizzarias e lojinhas com muitos souvenirs legais. A cidade se resume a duas ruas mas com muito estilo pois toda é voltada para o turismo.
Nós ficamos no hotel Canyon Country Inn, em Williams. Trata-se de uma pousadinha familiar bem charmosa e tranquila, de ótimo custo X benefício. O inconveniente foi o café da manhã, que você precisa se servir e levar para os quartos.
O que a maioria das pessoas fazem é reservar o quarto do Canyon Country Inn sem café da manhã. Assim você fica mais tranquilo para sair mais cedo para o parque, e no caminho tem restaurantes e lanchonetes que servem ótimas opções para um bom café da manhã!
Tusayan é cidade de entrada do Grand Canyon e se resume a uma rua, com hotéis e lanchonetes dos dois lados. É bem conveniente para quem vai visitar parque, mas é um pouco mais cara que Williams. É onde vendem os tickets para o parque, e fica a 10 minutos da sua entrada.
Uma atividade interessante na cidade é o cinema Imax da National Geographic, que mostra imagens incríveis do Grand Canyon. Pode ser uma excelente forma de aprender mais sobre o Grand Canyon antes de começar a explorar o parque.
Esta é uma vila dentro do parque que possui uma excelente estrutura para o turista. Os hotéis são lindíssimos, tem opção para camping, pousada, lodge, mas o inconveniente é o preço. :/ A reserva que tem que ser feita com muita antecedência. Se você for muito organizado, talvez valha a pena!
Há milhares de turistas querendo conhecer o parque. A estrada é cheia, o parque é enorme e com muito movimento. Todos os shuttles, restaurantes e lanchonetes são cheios, então para desfrutar do parque com muita alegria e sem arrependimentos, siga estas dicas!
Primeiro, chegue cedo para conseguir uma boa vaga no estacionamento. Na entrada do parque tem 2 estacionamentos enormes divididos por lotes. No primeiro estacionamento estão os lotes 1 a 3, e no segundo está o lote 4. Você pode estacionar em qualquer um. Se dormir até mais tarde, estacione em Tusayan e pegue o shuttle.
Uma vez no parque, obedeça as sinalizações e não ultrapasse as grades. Vimos muito este tipo de atitude e soubemos de um acidente na semana anterior, as pessoas por necessidade de tirar fotos espetaculares se arriscam e os bolsões de vento são constantes.
Imagem Destacada: Banco de Imagens iStock
Créditos: IlexImage