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Eu sempre fui viajante de carteirinha, mas confesso que nunca tive um grande desejo de conhecer os EUA, até que um dia, por um compromisso profissional, acabei parando em Chicago e me apaixonei! Um ano depois, uma oportunidade me levou a morar ali, e tive o prazer de passar um ano vivendo as 4 intensas estações, jazz e delícias por lá.
Chicago não é a primeira pedida de quem pensa em ir pros EUA, eu sei. Mas se eu pudesse te dar uma dica: vá para Chicago! A simpatia das pessoas do chamado Mid-West, o lago Michigan, a arquitetura cuidadosamente pensada em cada esquina, os restaurantes deliciosos de todos os cantos do mundo, o jazz e o gospel music, vão fazer você se apaixonar pela cidade.
Fica no nordeste dos Estados Unidos, à beira do Lago de Michigan. Há três aeroportos, sendo o Chicago Midway International Airport (MDW) e o O’Hare International Airport (ORD) os mais movimentados. O O’Hare é o aeroporto principal, com vôos diretos saindo de São Paulo, operado pela United Airlines.
Dentro do aeroporto tem uma estação de metrô, então você pode ir pegar o metrô tranquilamente para ir até a cidade. O ticket saindo do aeroporto custa 5 dólares e você também tem a opção de pegar um Uber ou Lyft (um app tipo Uber), taxi convencional ou transfer, que tem um preço mais econômico, pois leva mais pessoas numa mesma corrida.
Melhor época para visita Chicago?
A melhor época para ir a Chicago é no verão (entre junho e agosto). O inverno é intenso, chegando a temperaturas de -20 graus, muito vento e tempestades de neve. No inverno é praticamente impossível fazer turismo na cidade, portanto não é também recomendável ir pra lá, a não ser que você não se incomode em ficar indoor todo o tempo.
A primavera e o outono são frios para os padrões brasileiros e você pode pegar temperaturas entre 4 e 15 graus. Se mesmo assim você quiser arriscar (ou não tiver outra opção), tente o final da primavera ou início do outono.
Como o frio na cidade é muito intenso por muitos meses, os 3 meses de verão são vividos com uma intensidade única. Festivais de música, comida, arte ocupam as ruas e parques da cidade. Os bares e restaurantes colocam suas mesas na calçada e você vê as pessoas curtindo o clima e a temperatura na maior felicidade. Sem falar que o sol se põe só por volta das 20h30, então o dia rende horrores!
Um pouco de história de Chicago
Chicago foi quase toda destruída por um incêndio ocorrido no verão de 1871 e que perdurou por 2 dias. A cidade, na época, era quase toda de madeira, o que ajudou o fogo a se proliferar rapidamente. Esse incidente matou aproximadamente 300 pessoas e deixou quase 100.000 desabrigadas. Apesar de ter sido algo muito triste na história da cidade, podemos dizer que Chicago reviveu das cinzas, pois graças a esse acontecimento a cidade se viu motivada a se reconstruir rapidamente, contando com a ajuda de diversos engenheiros e arquitetos vindos de todas as partes dos EUA. Chicago se tornou, então, uma referência em arquitetura, com seus arranha-céus e prédios modernistas de deixar qualquer um admirado.
O jazz e o blues também têm um papel importante na cidade. Essa expansão se deu com a migração de trabalhadores negros que foram do Sul para as chamadas cidades “ricas” do norte. Ali o jazz ganhou elementos elétricos (como guitarra e baixo) e daí o surgimento do blues, tão vivo na cena cultural de Chicago.
O que fazer em Chicago?
O povo de Chicago é simpático e sorridente. Solícito, esportista e amante do sol. Você verá inúmeros parques e uma cidade que reverencia o lago Michigan, que é gigante e mais parece o mar. Na orla do lago você verá algumas praias, com areia e até barzinhos e muitas, muitas pessoas correndo, andando de bicicleta, praticando algum esporte ou fazendo pic nic. (se for no calor, claro) Qualquer parte que seja da orla do lago Michigan, vale uma passeada para admirar a beleza do azul de suas águas e o vento intenso no rosto.
Michigan Avenue
Se você for a Chicago, não deixe de passar pela Michigan Avenue, começando pela Oak Beach (uma linda vista da cidade desde o lago), depois subindo no terraço na John Hancock Tower e siga até o Millenium Park, onde você verá o símbolo da cidade, o Giant Bean. Ali também tem uma famosa fonte que as crianças adoram se molhar nos dias de calor. Vá ali sem medo de se molhar e deixe-se contagiar pela alegria dos pequenos brincando na água. Em frente há o Cindy’s Rooftop, um bar no topo de um hotel, onde você pode tomar um drink e ver a linda vista do parque e do lago.
A Michigan Avenue é fervilhante e você vai cruzar com pessoas do mundo todo ali. Cheia de lojas e edifícios lindos, os mais belos arranha céus de Chicago estão ali. E se você é das compras, é ali que vão parar também os seus dólares nas inúmeras lojas que vão das mais caras como Channel e Tiffany às mais em conta como H&M e Forever 21. Se você for fazer todo o percorrido da Oak Beach até o Millenium Parque, vá com calma, calce um sapato confortável e não se esqueça de olhar para o alto para ver a beleza dos prédios!
Museus
Mais ao sul da Michigan Ave tem o The Art Institute, que vale um dia só de visita de tão grande e lindo acervo. Seguindo ainda ao sul da Michigan Avenue, você verá o Grand Park e mais ao sul o The Field Museum, um museu de história natural gigante e lindo, além do Planetário e Shed Aquarium, que merecem a visita se estiver com tempo livre.
O Navy Píer também é um local a parte e merece uma visita. Ali tem vários restaurantes e bares e você pode fazer alguns passeios de barco também. Falando em passeio de barco, existem várias ofertas de passeios que valem a pena. O que eu mais gosto é o tour de arquitetura, que vai indo pelo rio e contando a história dos prédios da cidade.
Lincoln Park
O Lincoln Park também é muito bonito e vale uma volta pelas ruazinhas de Old Town, um bairro ali perto que tem umas casinhas antigas e bem charmosas. No parque tem o Conservatory, uma estufa com plantas de todas as partes do mundo, que é bem bonito e agradável de ver. Ali também tem o zoológico, que é gratuito.
A culinária é um capítulo a parte nessa cidade incrível. Você vai encontrar restaurantes de todos os tipos, para todos os bolsos. Mas vamos focar aqui na culinária americana: Quer tomar um bom brunch? Na Wildberry Pancakes você vai comer panquecas deliciosas, mas chegue cedo porque a fila é de dobrar o quarteirão. Se não tiver afim de esperar, Mindy’s Hot Chocolate é uma boa pedida também e fica no bairro de Wicker Park, um bairro moderno, com lojinhas, bares e restaurantes mais hypes. Ali vale sair à noite, bater perna na Milwake Avenue e ir entrando nos diferentes lugares. Já para comer hambúrguer, o melhor lugar é o Au Cheval. Aqui o ideal é chegar mais tarde, tipo aquele almoço no meio da tarde, para também evitar filas.
Jazz em Chicago
Para escutar Jazz, entre no clima da época do Al Capone, se prepare para escutar uma boa musica e vá ao Green Mill. Chegue cedo para conseguir uma boa mesa em frente ao palco e aproveite! Lembrando que o local oferece apenas bebidas, mas você pode levar a sua marmitinha, se quiser. (ao lado tem uns mexicanos que você pode comprar tacos e levar para o show. Recomendo comer antes de ir.) E se quiser escutar blues, nada melhor do que o Kingston Mines, um dos mais tradicionais bares de Blues da cidade, com dois palcos com artistas diferentes tocando a noite toda.
Chicago não é uma cidade tão cara quanto New York, mas também não é muito barata. Bebida alcoólica nos EUA é bem caro, então prepare-se para gastar em media uns 7 a 9 dólares numa cerveja boa em bares ou restaurantes. A taça de vinho geralmente gira em torno do mesmo valor. Para jantares, em restaurantes mais badaladinhos no centro, Wicker Park ou Old Town (a rua dos restaurantes é a N Wells), prepare-se para gastar em torno de 15 a 25 dólares o prato. Nos EUA também tem restaurantes BYOB (bring your own bottle), que significa que você pode levar a sua bebida alcoólica, o que acaba deixando a conta bem mais barata.
O transporte é integrado e você pode pagar com o valor exato a passagem (2 dólares ônibus e 2,15 metrô) ou usar um cartão que funciona para os dois. Você compra esse cartão por 5 dólares (que depois volta pra você como crédito de viagem) e vai abastecendo de acordo com a sua necessidade. O passe de 1 dia custa 10 dólares, 3 dias custa 20, 7 dias custa 28 dólares e 30 dias, 100 dólares. Mas se você não for utilizar muito, você pode adicionar um valor e ele vai descontando os preços das passagens. Lembrando que se você usar o cartão, apenas uma passagem é cobrada num intervalo de 2 horas. Há também a opção de Uber Pool, que você divide a corrida com outros passageiros e muitas vezes acaba saindo o preço da passagem de ônibus dependendo da distância.
Se você é do tipo que gosta de bater perna e fazer tudo caminhando, a melhor opção de hospedagem é no centro. Mas isso significa que também os preços serão mais salgadinhos, uma vez que todo mundo que vai pra Chicago quer ficar em Downtown. Ali os restaurantes também são mais caros, então acabaria saindo uma viagem mais cara (apesar da economia no transporte).
Chicago é uma cidade muito fácil de se locomover, portanto qualquer lugar que tenha um metrô próximo pode ser uma boa pedida. Só cuidado com os bairros mais a Oeste e Sul, que costumam ser mais perigosos. Veja abaixo algumas dicas de hotéis em promoção em Chicago.
Lincoln Park, Old Town, Lakeview, Wicker Park e West Town são bairros mais próximos do centro e que costumam ter uma vida própria, como bares, restaurantes e pubs, com freqüentadores mais locais e portanto com preços mais acessíveis. São bairros de fácil acesso e que eu considero bem gostosos para explorar e se hospedar.