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Nosso terceiro dia de viagem foi uma voltinha pelo famosíssimo trem panorâmico Bernina Express, que faz a rota entre St. Moritz e Tirano, na Itália. Recentemente o pedaço entre Chur ou Davos e St. Moritz entrou no bololô do trem panorâmico com mesmo nome, mas originalmente a rota parte de St. Moritz. Está entre as rotas de trem mais bonitas do mundo justamente porque conecta a região montanhosa do leste da Suíça com o sudeste ensolarado, passando por paisagens de fazer cair o queixo! Fora isso, o Bernina Express é patrimônio mundial da Unesco, pela impressionante engenharia, arquitetura e inter relação com a natureza ao redor. Desde Chur, são quase 200 pontes, 55 viadutos e túneis em 156km de linhas ferroviárias! O trajeto completo entre Chur e Tirano dura 4h13 min enquanto o trajeto entre St. Moritz e Tirano dura 2h30 min. O ônibus entre Tirano e Lugano é uma parte adicional, com duração de 3h10min e que só funciona durante o verão.
O trem sai pontualmente às 9h30 da manhã da estação de St. Moritz. Todos os passageiros devem reservar um assento para viajar neste trem, seja de primeira ou de segunda classe. A reserva pode ser feita diretamente nos guichês de qualquer estação de trens na Suíça ou online pelo site da Rhaetian Railway RhB. Para quem possui o Swiss Travel Pass, a reserva custa 14CHF adicionais, se a viagem for no verão. No inverno, custa 10 CHF.
Com os nossos passes e reservas em mãos, buscamos nossos assentos e nos posicionamos confortavelmente ao lado das janelas (se der, reserve na janela!) e preparamos nossas câmeras para clicar cada segundo de paisagem que avistávamos pela frente.
O trajeto começou subindo até a região do Ospizia Bernina, um hotel/restaurante a 2253 metros de altitude que há muito tempo funcionava como um refúgio para os peregrinos e hoje continua sendo um local de comida simples, porém saborosa. No caminho passamos pela montanha Engadin, onde subimos no dia anterior da nossa viagem e também pelo glacier de Morteratsch, onde de longe avistamos o Piz Bernina, pico com 4049 metros de altitutde. O ponto mais alto (nos dois sentidos) da rota é na altura do Lago Bianco, logo depois do Lej Nair (lago negro). Prepare-se para muitas fotos de um lado e de outro do trem. Eu resolvi que iria ficar em pé nesta parte, para não ter que levantar e sentar toda hora.
Em seguida, o trem alcança a região de Valposchiavo, onde faz uma parada de 15 minutos para fotos e observação do vale. É uma loucura de tão lindo!
O trem começa a descer para a região sul dos Grisões e a paisagem vai mudando dos picos nevados para vales verdinhos. Quando chega ao lago de Poschiavo o trem já entrou em frenesi e é difícil não ficar perambulando de um lado para outro para conseguir a melhor foto. A cidade de Miralago possui uma vista privilegiada de Poschiavo e também entrou para a minha listinha de lugares a voltar com mais calma em breve.
Em seguida, o trem passa pelo viaduto circular Brusio, outra obra fantástica de engenharia, para nos dar o gostinho final até chegar em Tirano, na Itália. A diferença de altitude entre St. Moritz e Tirano faz com que a temperatura da primeira seja bem mais baixa que a segunda. Em Tirano eu já estava de shorts e camiseta leve, tomando um gelatto de pistache e cantarolando palavras em italiano. Ali mesmo buscamos um restaurante para almoçar (melhor parte da viagem: o preço da comida na Itália é beeeem melhor que na Suíça), pedi uma pasta, óbvio e o Diego foi de Lasagna.
Em seguida, seguimos de ônibus até Lugano. Tivemos 2 horas em Tirano para almoçar, caminhar, tirar fotos, tomar sorvete, comprar souvenirs e esperar o ônibus arrancar. Só que devo confessar que essa parte não é tão legal quanto o trem… Primeiro que ônibus é mais desconfortável, segundo, o trajeto não é tão bonito que compense as quase 3 horas no busão. O único ponto positivo é que vai direto até Lugano, na região de Ticino, na Suíça. Então a gente encarou o busão para chegar logo em Lugano, onde passaríamos nosso quarto dia de viagem.
Chegando em Lugano, a grande surpresa: era feriado! Sim, um feriado local que pegou a gente desprevenido e com duas mochilas de 20 kg nas costas. Nos feriados, as linhas de ônibus e trens locais funcionam com horário diferenciado, ou seja: limitado. Nós descobrimos isso chegando na nossa parada de ônibus, que indicava que o próximo ônibus passaria somente daqui a 2h. Resultado: caminhamos 2km no calor de quase 30 graus com as mochilas penduradas! Ufa!
O lado bom é que quando chegamos no nosso camping eu estava com tanto calor que nem pensei duas vezes, me atirei no Lago de Lugano para refrescar! A melhor sensação do verão é estar com o corpo quente e refrescar a espinha com a água cristalina dos lagos suíços. O Lago de Lugano não é tão frio quanto os lagos do norte então a água estava maravilhosa, digna de praia caribenha!
Passadas algumas horas, fomos ao nosso alojamento, uma pequena cabana reservada no camping TCS Lugano. Reservamos uma noite na cabana e a noite seguinte na nossa barraca, só para provar os dois tipos de alojamento. A cabana é um charme e possui energia elétrica, o que salvou a gente para carregar literalmente as nossas baterias! Fora isso, dormir em um colchão é bem melhor que no chão da barraca, então, ponto positivo para a cabana! Agora, volto a dizer que não é hotel! A cabana tinha somente três colchões e dois travesseiros, e você precisa levar até a sua roupa de cama para dormir ali. Segura melhor a onda que a barraca, mas se você busca conforto, melhor ficar em um hotel em Lugano.
Sobre a viagem #CalorNosAlpes
Esta viagem foi a primeira press trip patrocinada aqui do blog, um projeto que conseguiu vários parceiros e começou com uma simples pergunta: Será que a galera conhece as maravilhas do verão na Suíça?
Depois de algumas horas matutando a cabeça e conversando com várias pessoas, surgiu a ideia de fazer uma viagem completa pela Suíça durante o verão, para mostrar pra todo mundo o quanto pode ser fantástico passar férias de verão europeu por aqui. A viagem virou um livro, que pode ser comprado aqui na nossa loja virtual. O livro é um guia de turismo para a Suíça, repleto de imagens fantásticas e muita inspiração para que você também faça uma viagem perfeita pela Suíça!
Compre aqui: Calor Nos Alpes, o guia da Suíça no Verão