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Quando pensamos na África, o que vem à mente? Uma população sofrida? E quando pensamos em trabalho voluntário neste continente, talvez venha à mente um altruísta corajoso, um herói, um sonhador para fazer isto? Pois o Gustavo Fernandez mostra que estas respostas estão erradas – ou pelo menos incompletas – em seu livro Africanamente: O que vivi e aprendi como voluntário na África!
Já falei um pouco sobre ele neste post aqui, quando dei referências de aplicativos para quem pensa em fazer uma viagem de impacto! Agora vamos ao post sobre Trabalho Voluntário na África.
Sobre o Gustavo Fernandez
Conheci o Gustavo em Sampa, no final de 2017! Falei sobre meu sonho de ir ao Peru pela ONG All Hands and Hearts (saiba mais aqui) e ele me contou brevemente de suas experiências como voluntário na África e sobre o Worldpackers, que o ajudou em outras viagens.
Ele comentou sobre seu projeto de contar tudo em um livro, com o apoio de financiamento coletivo, no Catarse. Esta plataforma permite a realização de projetos por meio de recompensas. Qualquer pessoa pode contribuir e a variedade de projetos é imensa!
Assim que cheguei em casa, busquei mais informações e adorei colaborar com a campanha dele. Queria que o livro fosse publicado e fiz a minha parte. Meu prêmio foi ganhar uma dedicatória exclusiva no livro, em troca de R$45!
A campanha foi um sucesso e superou a meta pré-estabelecida. Assim, o sonho do Gustavo de divulgar suas impressões tornou-se possível e os livros foram impressos. Pouco tempo depois recebi em casa o meu presente! Estava doida para conferir e digo logo, é uma autobiografia espetacular!
O objetivo do livro é muito simples: romper nossos paradigmas sobre a África e de quebra, sobre o voluntariado; E o livro cumpre seu papel.
São constantes quebras de pré-conceitos, nas diversas situações que ele vivenciou. Seja pela infraestrutura contemporânea em alguns centros turísticos, seja pela autonomia e incentivo à educação em remotas áreas rurais, ou ainda pelos profundos aprendizados de cidadania e senso de comunidade.
O relato de três idas à África do Sul, Zimbábue, Etiópia e Ruanda com experiências simples, divertidas e outras surpreendentes te fazem sair do lugar comum. Garanto que o alcance deste livro vai além de conhecer o quase diário de viagem, recheado de histórias do Gustavo.
Cada capítulo começa com alguma frase conhecida, que indica o que está por vir, e desperta a curiosidade do leitor, como “Se todo mundo pula da ponte, você também vai se jogar?” ou “Tudo dá certo no final” e “Tem o que comer lá?”. Brilhante!!
São 90 dias de imersão em seus sentimentos, no cotidiano das ONGs, nos trabalhos difíceis e prazerosos e nos momentos de turista. Senti que pulei junto com ele de Bungee Jump de Victoria Falls, na ponte que liga Zimbábue à Zâmbia.
Um dos meus capítulos favoritos é o “Quem perdoa é Deus”. Neste trecho do livro, Gustavo comenta mais a fundo sobre sua ida à Ruanda, como turista. Ele conta um pouco sobre a história recente do país, fornece dados econômicos e populacionais e sua motivação em conhecer de perto este lugar reconstruído a partir de uma superação ao ódio.
Gustavo compartilha ainda os detalhes de idas à memoriais do genocídio e fala sobre a atitude da população de respeito ao próximo.
Confira a seguir um trecho bem legal do livro Africanamente: (pgs 278-9)
Esquecer, nunca; perdoar, sempre. (…)
O perdão – assim me ensinou aquele ruandês – não é um dom divino nem um atributo de quem possui um coração iluminado, muito menos significa esquecer a ofensa ou a agressão sofrida. O perdão é um exercício de humanidade, um processo muitas vezes doloroso, mas fundamental.
Ao final de Africanamente, Gustavo fala de suas percepções mais profundas do que estas viagens significaram.
Sem sombra de dúvida, se eu pudesse resumir em uma palavra o que a África ensinou-me, essa palavra seria amor.
Este foi apenas o começo da história do Gustavo, com as viagens de voluntariado que renderam o maravilhoso livro Africanamente: O que vivi e aprendi como voluntário na África. Adquira o seu aqui!
Acompanhe mais sobre o Gustavo no próximo post, onde falaremos sobre seu negócio social, o Trip Voluntária.
Para matar a curiosidade, siga Trip Voluntária nas redes sociais e conheça mais sobre seus projetos: Facebook, Instagram e Twitter.
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Créditos de imagens: Gustavo Fernandez